terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Diga não ao COMÉRCIO no Park Way!



Prezados,

As propagandas sub- reptícias sobre comércio já começaram! O Governo, os especuladores imobiliários, alguns poucos habitantes mal intencionados, querem convencer a população a implantar comercio no Park Way a tempo de incluir na Lei de Uso e Ocupação do Solo- LUOS.

Além disso, daqui a 2 anos será época de revisão do PDOT- Plano de Desenvolvimento Territorial e eu soube-- por fonte segura-- que o Governo quer separar as quadras de 01 a 05 do Park Way e transformar o local em Águas Claras. Ou em Arniqueira. Parece até que as plantas de prédios de 22 andares já estão sendo elaboradas! Para tanto precisa de votos, mas, como morador dificilmente vai votar pela construção de prédios e pelo conseqüente  adensamento populacional do Park Way, precisa do voto dos comerciantes.

A propaganda é sub-reptícia.

Fotos de vovós boazinhas, meigas, que afirmam à imprensa que adoram o Park Way, mas que gostariam de poder contar com um comerciozinho pequeno, básico, pertinho da casa delas, onde elas pudessem ir a pé comprar o leitinho dos netinhos, o lanchinho das criancinhas (vocês conhecem o engodo, a ladainha), já começaram a circular.

Um pãozinho, fresco, uma padaria pequena, limpinha, que mal pode fazer?

Se vocês procurarem na memória vão se recordar que as grandes destruições feitas pelo Governo começaram assim. No diminutivo.No eufemismo: um pedacinho da Amazônia, um cantinho da Floresta Atlântica, um matinho do Cerrado, um prediozinho de poucos andares no Guará, ou em Águas Claras, uma invasãozinha apenas de catadores de lixo no Parque Nacional...

Comerciozinho, leitinho, lanchinho para as criancinhas, invasãozinha, e assim o monstro começa a ser gerado. A padaria se multiplica, seus donos querem mais lucro para tanto precisam de mais clientes, mas como fazer? As frações são poucas, os lotes gigantescos mas pouco habitados em nome da preservação ambiental.Mas comerciante não quer saber de preservação ambiental e pleiteiam, junto ao Governo, o adensamento populacional do Park Way! 

Votam, com a ajuda do Sindicato da categoria, na Conferencia das Cidades, a SEDHAB conforme o hábito, ajuda a manipular o resultado das votações permitindo que tragam ônibus cheios de representantes da classe para votar, para burlar os moradores, fraudar as eleições, superando, em número, os votos dos moradores contrários ao adensamento populacional, à construção de prédios, à licitação das areas verdes.

Denunciados pelos moradores escandalizados com o engodo, os comerciantes se fazem de vítimas, justificam a fraude sob a alegação de que precisam sustentar suas famílias, reclamam para o Governador..."afinal pagamos impostos!"

E não adianta querer “amarrar”, controlar o comercio. Moradores ingênuos, mal informados, ludibriados por aqueles que querem obter vantagens econômicas à custa da qualidade de vida no Park Way, insistem que o problema poderá ser resolvido através da imposição de normas, regulamentos, restrições, proibindo a mudança de destinação, proibindo a futura padaria de virar Casa de Chope, a farmácia de virar motel ou proibindo a construção de quitinetes sobre a futura pet shop.

Ora, o Lago Sul não conseguiu controlar o comercio, nem o Lago Norte. Tampouco o Plano Piloto, apesar de ter sua área tombada pela UNESCO. Vejam a briga pelas pousadas nas 700!!

Ouvi recentemente na CBN que a presidente da Associação Comercial-DF apresentou um projeto na CL-DF apontando, como sugestão de estacionamentos, as áreas verdes das 100, 200 300 e 400, desocupadas para facilitar o acesso aos usuários do comércio local. Já imaginaram a Ilha de Calor que essa iniciativa irá gerar?


Não existe no DF atualmente comercio controlado!Que obedeça aos regulamentos!. Sem Plano Diretor Local que o Governo Arruda nos tirou. Com a falta de fiscalização que existe. Sem participação ativa da sociedade no processo de governança. Sem haver um conselho da APA Gama Cabeça-de-Veado que seja deliberativo e não consultivo, quem de fato acredita em Comércio Organizado??? Parece até o termo usado pelo GDF quando fez o PDOT de 1997 e criou a pérola de "área prioritária para monitoramento". Como se apenas aquelas áreas precisassem ser monitoradas. Sabe o que ocorreu??? As áreas monitoradas são, hoje, ...os condomínios do Colorado!!!

Todos vocês estão cientes, as leis, as restrições, as normas, no Brasil, só servem para serem descumpridas. Violadas. E o exemplo é dado pelo próprio Governo, através de sua grileira oficial, a TERRACAP, que desmatou a área verde do conjunto 01, da quadra 14, apesar de decisão contraria do MP e do TJDFT.

Se leis, determinações, regulamentos no Brasil fossem levados a sério, fossem obedecidos, aquele boteco que vende bebida alcoólica para menores de idade, localizado ao lado da feirinha da Quadra 14, já teria sido retirado. As invasões já teriam sido expulsas, o Setor Noroeste não existiria, na 901 não seriam construídos hotéis e os corruptos do Governo já teriam perdido o mandato. Mas não é isso que acontece, não é?

Infelizmente existem também os moradores mal intencionados, aqueles que querem lucrar com um eventual adensamento do Park Way, como os especuladores imobiliários que compraram vários lotes no Park Way não para morar, mas para especular, os proprietários de Casas de Festas e; --essa é a parte mais triste-- alguns arquitetos- urbanistas que gostariam de vender projetos arquitetônicos de centros comerciais à SEDHAB:” projetos arquitetônicos para realizar intervenções de infraestrutura na dinâmica urbana do Park Way”.  Fui abordada por um deles durante a Conferencia das Cidades.Esses são, em minha opinião, os mais cruéis pois, como urbanistas, sabem que a implantação de comercio significa o fim da qualidade de vida no Park Way, o fim do Park Way como conhecemos agora, mas insistem na implantação de um “comercio pequeno, fácil de ser controlado”, como se isso fosse possível, simplesmente por estarem interessados no lucro da venda de seus projetos ao Governo.

Amigos,

A SEDHAB está querendo adensar o Park Way, incluir nossa RA no seu Plano de Desenvolvimento de Habitações Populares. Seus representantes ficam com água na boca quando pensam nos milhares de casas populares que poderão implantar nas nossas enormes e perfeitas áreas verdes que, mesmo sendo queimadas anualmente, conseguem se recuperar.

E comércio, então? Quantas centenas de lojinhas estilo W3 não poderão ser construídas aqui? Quanto imposto para enriquecer o governo e os governantes não poderá ser recolhido?

E quando tudo isso acontecer será que algum morador do Park Way ficará feliz? O que aconteceu com a vovó que queria uma padaria pertinho de casa para comprar  leitinho para os netinhos?

Ela não sai mais de casa porque ficou muito perigoso sair sozinha pelo Park Way. Sobretudo a pé. Afinal a média de assaltos a estabelecimentos comerciais no DF aumentou em 25%, agora é de 20 por dia!

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/04/28/i,300053/medo-ronda-os-comercios-de-todo-o-df-apos-aumento-de-roubos-e-furtos.shtml

Assim, no final, quem saiu ganhando?O Governo.

Quem saiu perdendo? Os moradores. Nós!

Pensem nisso!


Flavia Ribeiro da Luz
Presidente da Associação Park Way Residencial

6 comentários:

Dario disse...


Parabéns, Flávia.
Precisamos de gente como você.
Abraços,

Edson disse...

OK FLAVIA, ESTAMOS AQUI PARA APOIAR, PRECISANDO E SÓ ACIONAR.

Roberto disse...

Flávia.
Muito bom o blog e também o artigo sôbre os incovenientes de implantação de comércio no PW.
Merece ampla e irrestrita divulgação.
Parabéns.

Flavio Meira Penna disse...


forumparkway@yahoogrupos.com.br, flavio meirapenna escreveu



Concordo com os seus comentários sobre a necessidade de termos calma nesta hora, e de preferencia trabalharmos de forma unida para proteger o SMPW.

Entendo que existem divergências de opinião sobre o que deve existir e o que não deve existir e ser permitido no setor.

A questão comercio é uma delas, e acredito que estou do lado oposto a sua opinião. Existem outros serviços além de um simples comercio de bairro, e neste caso provavelmente sou ainda mais contrario a sua posição.

Queria primeiro deixar claro a minha posição.


No entanto, sou a favor de um trabalho conjunto para proteger maluquices que temos visto. Conheço bem Aguas Claras pois meu ex-sogro mora lá. No meu entender é uma das maiores aberrações urbanas que conheço.

Numa cidade que se diz planejada, este bairro serve como um exemplo do que no meu entender NÃO deve ser um bairro residencial.

Para aqueles que gostam, bom proveito e fiquem tranquilos que toda hora tem lançamento novo e apertamentos ao gosto do freguês. Tem tudo, tem comercio, botequim, escolas, academias, correios, etc., etc.

Mas para mim é um estilo e qualidade de vida completamente do que se propõem no Parkway.

Sou contrario ao comercio porque sou brasileiro. Conheço bem como funcionam as coisas no nosso pais, como leis e regulamentos são apenas usados CONTRA os inimigos, e como não existe algo chamado fiscalização nem punição.

Por isso acredito que se for liberado comercio, corremos o risco de nos transformarmos numa extensão gradual de Aguas Claras. Alias, as quadras de 1 a 5 já estão paulatinamente sofrendo deste mal e acredite, antes que percebam já será tarde demais. Se nosso pais fosse mais serio eu seria a favor do comercio.

Adoraria ter um pequeno e elegante centro comercial perto de casa. MAs não acredito que isso vá acontecer.

Uma outra discussão que aparece com frequência parece ser esta birra contra os tais ecologistas.

Eu já fui ecologista de carteirinha, já levantei muitos recursos para ONGs que protegiam áreas importantes da mata atlântica, Parques nacionais e estaduais.

Mas sou acima de tudo um ser racional e não extremista. Neste fórum parece que qualquer critica ao comercio é imediatamente recebido com um tiroteio de parte de alguns acusando os que são contra comercio de xiitas, extremistas ambientais, etc. etc.

Com este tom fica obvio que o debate é totalmente inútil pois parte do fígado de alguns e não do cérebro. Infelizmente a racionalidade não impera.

Neste ponto, a situação das aguas e das nascentes é sim muito importante. Hoje temos uma situação já apertada com relação a isso, e o crescimento imobiliário desenfreado certamente não ira melhorar a situação.

Gostei dos seus pontos neste quesito e quero reforçar a preocupação neste âmbito. Quem faz desenvolvimento imobiliário, os nosso grandes amigos tipo Paulo Otavio etc, não estão nem um pouco preocupados com aguas, nascentes, etc.

Isso é um entrave ao lucro deles, é problema para os outros resolverem. Basta molhar a mão dos fiscais na prefeitura, distribuir lotes para apadrinhados políticos, e deixar a bomba explodir na mão do outro.

Muitas vezes a bomba leva tempo para explodir porque ficamos consumindo agua insalubre sem saber e fica por isso mesmo ate surgir um escândalo e uma "surpresa".

Enfim, esta ficando longo demais este e-mail. Estou a disposição para ter um debate construtivo e para trabalhar em prol da proteção do Parkway.

Que o desenvolvimento do mesmo seja de forma racional. Aguas Claras é apenas um exemplo da bagunça reinante. Vargem Bonita esta indo pelo mesmo caminho e são apenas amostras do que eu pessoalmente NÃO gostaria que se espalhasse aqui no Parkway.




Abraço
Flavio

Benedito Lisboa disse...

O Park Way é um bairro exclusivamente residencial, portanto, todos nós moradores do Park Way somos totalmente contra qualquer tipo de comércio e/ou atividade econômica DENTRO dos lotes do Park Way.

Não vamos permitir que aconteça mais essa falcatrua no Park Way.

Roberto Costa disse...

Flávia/Luiz Filipe.

Perfeito, sem correção. Pelo visto a palavra de ordem agora é regularizar; regularizar o que já é regular?

O que não é regular é o desrespeito às normas estabelecidas e dispositivos legais que dão sustentação ao PW como área de ocupação exclusivamente residencial.

O que temos de buscar para o PW são melhorias estruturais com ações objetivas que traduzam em melhor transporte, saneamento, iluminação pública, pavimentação, segurança....e não tenho constatado ainda nenhum comentário neste sentido.

Entendo que todos nós devemos lutar pela preservação do PW como de ocupação exclusivamente residencial e este privilégio é o seu grande diferencial, possivelmente o único no DF.

Qualquer alteração desta condição causará danos irrecuperáveis