terça-feira, 11 de agosto de 2015

Agropecuária é a principal ameaça para espécies em extinção

Plataforma de jornalismo de dados do site ((o))eco.


Daniel Santini - 22/12/14bois

 

 

A nova relação de espécies ameaçadas de extinção (clique aqui para ver a lista completa), divulgada na semana pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), aponta que a agropecuária é a principal ameaça para fauna em risco no Brasil.


Os dados apresentados pelo MMA ilustram um ciclo já conhecido por ambientalistas, em que florestas são substituídas primeiro por pastos, para, depois, darem lugar a plantações de monocultivo em latifúndios com uso intensivo de agrotóxicos e alto impacto ambiental. O avanço das fronteiras agrícolas acontece em todos os biomas terrestres com amplo financiamento de bancos públicos e privados, que, por vezes, desconsideram a varíavel ambiental ao conceder empréstimos e facilidades de financiamento.


O avanço da a pecuária na Amazônia, por exemplo, tem sido apoiado com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), que é gerenciado pelo Banco da Amazônia. Trata-se de fundo criado para promover o crescimento equilibrado da região, com o objetivo declarado de “atender às atividades produtivas de baixo impacto ambiental, cuja macrodiretriz é o desenvolvimento sustentável da Região Norte”.


Em todos os biomas terrestres, o avanço e intensificação da produção agropecuária são apontados como principal vetor para o risco de extinção, conforme é possível observar no gráfico divulgado pelo MMA e reproduzido abaixo:
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O infográfico também traz informações significativas sobre outras ameaças graves ao meio ambiente. No bioma Marinho, na Amazônia e no Pantanal, a captura é fator de grave risco para a fauna. No Cerrado e no Pampa, ela fica praticamente junto com as queimadas, comuns na limpeza de terreno para abertura de pastos. Na Mata Atlântica e em Ilhas, a expansão urbana assume papel de destaque.

Na Caatinga, o destaque é para a mineração.



Além da divisão de vetores de risco por biomas, a divulgação do MMA também apresenta o número de espécies ameaçadas, conforme é possível observar no infográfico abaixo (clique aqui para ver todas as espécies). A quantidade aumentou significativamente de 2003 para 2014, mas isso se justifica também pelo fato de mais espécies terem sido analisadas nesta edição.







Imagens de satélite mostram gravidade de crise hídrica em SP


Daniel Santini - 05/08/15

Antes (esquerda) e depois (direita). Deslize a barra para visualizar como o nível de água diminuiu.



A represa de Jaguari, uma das principais do Sistema Cantareira, encolheu. Do alto, a partir de imagens de satélite do sistema Landsat 7, da Nasa é possível ver com clareza como a área alagada de um dos principais mananciais de São Paulo diminuiu consideravelmente nos últimos cinco anos.


A primeiro foto é de 13 de junho de 2010, mês em que o nível da represa passou de 100%. A segunda, é de 13 de julho de 2015, quando, segundo a Sabesp, o nível do volume que pode ser utilizado sem bombeamento estava abaixo de 10%, volume (clique aqui para ver o volume hoje).


O inverno começou em 21 de junho e, este ano, as chuvas do primeiro semestre não foram suficientes para recompor o sistema de abastecimento de São Paulo. A cidade entrou na estação mais seca do ano com o Sistema Cantareira em situação delicada.
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O encolhimento de uma das principais reservas de água da capital não aconteceu de uma hora para outra. A animação ao lado, feita também com imagens do satélite Landsat 7, da Nasa, ajuda a visualizar como, ano após ano, a represa de Jaguari vem diminuindo. As fotos exibidas em sequência são de 13 de junho de 2010, 18 de abril de 2013, 13 de maio de 2014 e 13 de julho de 2015. De 2003 a 2015, houve variações consideráveis no nível do Sistema Cantareira, como é possível ver no projeto Mananciais**, mas nunca a situação foi tão grave.


Além de não ser novidade, a diminuição do reservatório não é fato isolado na região, onde diferentes reservas e fontes de água secaram nos últimos anos. O fenômeno está ligado não só à redução do volume de chuvas, mas também ao desmatamento e ocupação irregular de áreas de mananciais.
Clique na imagem para acessar a página do aplicativo
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A crise hídrica de São Paulo e a situação do Sistema Cantareira deram forças aos argumentos utilizados por ambientalistas para pressionar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na discussão sobre o Projeto de Lei nº 219/2014, apelidado de Lei do Desmatamento por flexibilizar e reduzir a preservação ambiental no Estado de São Paulo.


Lei do Desmatamento
De autoria dos deputados estaduais Barros Munhoz (PSDB), Campos Machado (PTB), Estevam Galvão (DEM), Itamar Borges (PMDB), José Bittencourt (PSD) e Roberto Morais (PPS), o projeto foi especialmente criticado por, em um momento em que a cidade vive racionamento constante de água, propor a diminuição da proteção de nascentes e olhos d’água, reduzindo a faixa de preservação permanente de 50 metros para apenas 15 metros em áreas consolidadas. O texto também permite que proprietários possam compensar o desmatamento em São Paulo com reflorestamento em outros estados.


O projeto acabou aprovado pela Assembleia Legislativa no final de 2014 e sancionado pelo governador em janeiro. Alckmin chegou a vetar alguns artigos, mas o resultado final, Lei n° 15.684, foi bastante criticada justamente por fragilizar a preservação ambiental. “A ausência de obrigatoriedade de recomposição das áreas de preservação permanente é um aspecto fundamental.



Os impactos disso a gente vai ver no médio e longo prazo porque sem a recuperação das áreas de preservação permanente, você tem graves consequências para os rios, como o assoreamento do curso d’água”, afirmou na ocasião o advogado do Instituto Socioambiental (ISA) e integrante do Observatório do Código Florestal, Maurício Guetta, em entrevista à Rádio Agência Brasil de Fato.





Para mensurar os efeitos da alteração de legislação nos próximos anos pesquisadores e acadêmicos hoje podem contar com a ajuda de satélites e tecnologias específicas. É fácil estabelecer parâmetros e monitorar casos específicos, como o da Represa de Jaguari. Além da comparação pura e simples de imagens, dá para desenvolver sistemas que, com a ajuda de filtros e modelos matemáticos, podem alertar automaticamente variações drásticas.



Como exemplo, com a ajuda do Resemble, ferramenta aberta de análise e comparação de imagens, organizamos essa representação que destaca em rosa as mudanças registradas no nível da represa de Jaguari de 2010 a 2014.
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** Em função de uma mudança no sistema de atualização da Sabesp, a base de dados do Mananciais deixou de ser alimentada automaticamente em fevereiro de 2015. Estamos trabalhando para corrigir o problema e voltar a gerar a visualização dos dados sobre a situação dos mananciais de maneira clara e didática, de modo a permitir que a população acompanhe e possa comparar a evolução das informações sobre o abastecimento de São Paulo.

*Este artigo foi publicado originalmente no site Código Urbano, republicado em O Eco através de um acordo de conteúdo. codigo-urbano-logo



Judiação! Que culpa têm os animais da irracionalidade humana?

Botos da Baía de Guanabara estão entre os animais mais contaminados do mundo

Publicado em agosto 11, 2015 por

O pesquisador José Lailson Brito, da Uerj, monitora os poluentes nos organismos de animais que vivem na baía


Dezenas de embarcações com ativistas, atletas e políticos participaram de barqueata na Baía de Guanabara alertando para a poluição no local, que será palco de atividades olímpicas. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Os botos-cinza da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, estão entre os animais marítimos mais contaminados do mundo, informa o coordenador das atividades de mamíferos aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, José Lailson Brito. Ele participou, nessa segunda-feira (10), de audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio para debater a poluição na baía. Desde 1992, Brito monitora os poluentes nos organismos desses animais e os principais produtos encontrados, segundo ele, são compostos de origem industrial, muitos já banidos no país


“Garanto que se formos analisar o tecido adiposo, o sangue e a urina de boa parte dos que estão aqui e que eventualmente interagem com a Baía de Guanabara, que se alimentam de pescado da baía, certamente têm os mesmos contaminantes”, disse.


“Esses mesmos produtos que estão lá no tecido desses animais, fazendo um efeito ruim, estão na gente. É um problema de saúde pública”. O pesquisador lamentou a perda de mais um boto, vítima da poluição, notificada por uma colaborador do projeto de monitoramento. “O que acontece aqui está sendo reproduzido na Baía de Sepetiba, não aprendemos nada. A Baía de Ilha Grande vai pelo mesmo caminho”.


Presente no brasão da cidade do Rio e ícone da fauna marítima da baía, o boto-cinza é hoje um animal em extinção. De uma população de mais de 800 animais na década de 1970, com essa última morte registrada restam apenas 36. “Os botos são o retrato do que é a Baía de Guanabara, que virou um estacionamento de navios, são mais de 80 navios fundeados” disse. O oceanógrafo alertou que a poluição acústica produzida por essas embarcações também é preocupante. “O ruído debaixo d’água nas áreas de fundeio é um absurdo e espanta a fauna”.


O pesquisador também criticou a exploração sem freios do petróleo no estado. “O pré-sal elegeu a Baía de Guanabara como o centro de operações. Há vários terminais, estaleiros, em virtude da indústria do petróleo, e uma pressão para aumentar as áreas de fundeio, algo completamente absurdo, como em áreas próximas às de proteção ambiental”, denunciou.


Para o presidente da Comissão Especial da Bahia de Guanabara, Flávio Serafini, o aumento da presença frequente de barcos da indústria do petróleo tem sido pouco discutido. “Hoje, sabemos que o perfil do uso da baía está em um processo acelerado de mudança e precisamos aprofundar as questões a respeito dos licenciamentos ambientais e estudos ambientais sobre a presença industrial ali”.


Fundador do Movimento Baía Viva, o biólogo Sérgio Ricardo também destacou os efeitos desse novo perfil da baía para os pescadores e os usuários do local. “A baía está passando por uma reindustrialização, impulsionada pelo pré-sal e, com isso, apenas 13% da superfície estão disponíveis para a atividade de pesca. Estamos determinando, por causa do pré-sal, o fim da pesca da baía. Essa é uma questão que temos que discutir”, disse. Ricardo.


Ele acrescentou que estão sendo dragadas três a quatro áreas de lama do tamanho do Maracanã e que 30% desse material estão contaminados por metal pesado, segundo o Ministério Público Estadual. “É a verdadeira tabela periódica e é isso que está acabando com a pesca e com os botos. O interesse do capital é que está prevalecendo”.


Por Flávia Villela, da Agência Brasil, in EcoDebate, 11/08/2015

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Despoluição da Baía de Guanabara começou na década de 90, mas não teve eficácia; Oceanógrafo propõe ações de curto prazo

Publicado em agosto 11, 2015 por


Barqueata na Baía de Guanabara convoca população a defender despoluição. Foto de Tomaz Silva/Agência Brasil

As tentativas de despoluição da Baía de Guanabara tiveram início muito antes de o Rio de Janeiro ser cotado para sediar as Olimpíadas de 2016. O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) foi assinado em julho de 1991 e previa a cooperação técnica entre os governos brasileiro e japonês, depois da experiência bem-sucedida na despoluição da Baía de Tóquio. Além do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), houve investimento do Japan Bank for Internacional Cooperation (JBIC).


Em 15 anos de vigência, foram consumidos US$ 800 milhões, do total de US$ 1,169 bilhão previstos, mas o programa teve pouca efetividade. A última parcela que seria repassada pelo BID foi cancelada devido aos atrasos no cronograma e à falta da contrapartida do governo do estado. Os dados fazem parte da Auditoria Operacional no PDBG feita pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) em agosto de 2006.


O PDBG vigorou de 1991 a 2006 e envolveu um amplo conjunto de obras e atividades multidisciplinares para reduzir os índices de poluição da Baía de Guanabara, com a missão de implantar sistemas, fazer obras e aperfeiçoamento humano dos órgãos operadores.


Para o professor de recursos hídricos Paulo Canedo, do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), o intuito do PDBG era sanear a parte continental da baía, para que a poluição não chegasse na água. Mas, de acordo com ele, as obras feitas não beneficiaram quem mais precisava.


“O investimento foi feito, obras foram realizadas, o dinheiro não sumiu. Mas o dinheiro não se transformou em benefício para quem precisava. Estações de tratamento de esgoto foram construídas mas não estão funcionando adequadamente, não tem esgoto o suficiente chegando, portanto, não estão cumprindo a sua missão.”


O PDBG construiu quatro grandes estações de Tratamento de Esgoto (ETEs): Alegria, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro; São Gonçalo, na região metropolitana da capital; e Pavuna e Sarapuí, na Baixada Fluminense. Entretanto, as redes coletoras que deveriam levar o esgoto das residências até as ETEs não foram construídas deixando as estações de tratamento sem utilidade.


A conclusão do Tribunal de Contas é que, em 12 anos de execução do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, houve falhas graves no planejamento e controle. Com 80,45% do valor total de investimento empregado, as ETEs funcionavam na época da análise muito abaixo da capacidade. O relatório aponta também atrasos excessivos nas obras devido a falhas de concepção dos projetos, além de falhas de planejamento, pendências dos municípios envolvidos, atrasos pela não liberação de recursos estaduais e falta de acompanhamento da dinâmica socioeconômica da região.


“Os constantes atrasos no pagamento de despesas para a execução de obras demostram a deficiência na administração financeira por parte do governo do estado, retardando e/ou paralisando obras de elevada relevância ambiental e social, além de causarem prejuízo ao Erário estadual”, aponta o relatório.


A auditoria demonstrou que os atrasos no cronograma levaram o governo do estado a pagar juros de US$ 259,88 milhões ao BID, além de US$ 7,2 milhões para a Comissão de Crédito por não utilizar todo o recurso no prazo estabelecido.


Para o secretário executivo do Comitê de Bacia da Baía de Guanabara, Alexandre Braga, o que faltou na época do PDBG foi trabalho integrado. “Nós estamos com metas de 18 anos atrás que nós não alcançamos. Foi por falta de interesse do secretário? De jeito nenhum. Foi por falta de interesse do governo? Não. Foi por falta de interesse da sociedade? Não. O que falta é uma articulação. Nós precisamos todos trabalhar juntos para alcançar esse objetivo.”


Oceanógrafo propõe ações de curto prazo para melhorar águas da Baía de Guanabara
O oceanógrafo David Zee, que acompanha desde 1994 o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, propôs ontem (10) uma solução de curto prazo para melhorar as condições das águas da baía até as Olimpíadas de 2016. Ele foi um dos especialistas que participaram nesta segunda-feira da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para discutir o assunto.


Segundo ele, é preciso a concentração de esforços e dinheiro na finalização de unidades de Tratamento de Rios (UTRs) nos afluentes mais poluídos. “Já temos oito UTRs planejadas e algumas já estão até prontas, só falta iniciar a operação. E dá para construir em cinco meses. Essas pequenas estações são exequíveis, podem ser implementadas até Olimpíadas”, afirmou, admitindo que a solução é paliativa.


A vice-presidente da Comissão de Saneamento da Alerj, deputada Lucinha, afirmou que a solução para despoluir a Baía de Guanabara tem que passar pela implementação de um sistema de saneamento dos municípios da Baixada Fluminense, região cortadas por rios que integram a bacia hidrográfica da baía. “São 7 milhões e meio de pessoas em 15 municípios. Apenas 15% do esgoto são tratados, e esse lixo é jogado nos afluentes que desembocam na baía”.


Para a deputada, o dever de casa depende dos municípios em parceria com o governo federal no tratamento dos esgotos. Ela citou ainda a questão dos lixões como mais um fator de poluição. “Outro problema sério, é a falta de tratamento dos resíduos sólidos devido aos diversos lixões que ainda existem na Baixada”. Lucinha defendeu um termo de compromisso com cada um dos municípios para que tenham um centro de tratamento de resíduos.


Ao todo, 55 afluentes da Baía de Guanabara passam por 15 municípios. O coordenador das atividades do mamíferos aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), José Lailson Brito, disse que das 60 tartarugas marinhas monitoradas pela Faculdade de Oceanografia da, 100% tinham pedaços de plástico na via digestória e afirmou que a falta de esperança dos moradores do entorno baía em relação à despoluição de suas águas.


“Fazemos trabalhos com comunidades e as pessoas estão descrentes. Vemos crianças de 5 anos e 6 anos que não acreditam que a limpeza da baía tem jeito. Esse é o pior legado”, comentou. “Temos que reverter essa situação, as pessoas têm que acreditar que é possível”. Lailson ao defendeu um observatório que reúna diferentes atores envolvidos no processo de limpeza da Baía de Guanabara.


Guido Gelli, técnico da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), cobrou mais transparência nas informações sobre as ações de cada município e empresas contratadas sobre a coleta de lixo na região. “As informações chegam truncadas para a população como um todo. Por exemplo, é muito difícil hoje saber se os municípios estão coletando o lixo e dando destino final adequado”. Para ele, é importante que exista um painel atualizado sobre o que está sendo feito.


O fundador do Movimento Baía Viva, biólogo Sérgio Ricardo, também falou sobre a importância da transparência dos órgãos públicos, inclusive a das ações de fiscalização da SEA, como das auditorias ambientais das empresas e o monitoramento da água e do ar. “A secretaria deve à população a publicidade dessas informações, que são essenciais para sabermos quais são os poluentes e as concentrações”, disse.


Desde a década de 1990, a Baía de Guanabara recebe programas de despoluição descontínuos, que sofrem com a falta de investimentos.


Por Akemi Nitahara e Flávia Villela, da Agência Brasil, in EcoDebate, 11/08/2015

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Marquem na agenda de voces!

Alckmin, o inimigo na trincheira.


Depois de ver os líderes das bancada do PSDB no Congresso Nacional defenderem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a realização de novas eleições presidenciais na semana passada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou nessa segunda-feira, 10, a possibilidade de um pedido de impedimento. "Essa questão de impeachment não está colocada neste momento. 
 
 
Não há nenhuma proposta hoje de impeachment no Congresso Nacional. O que precisa agora é investigar, investigar, investigar e cumprir a Constituição", afirmou. Se depender de Alckmin, no dia 16 o policiamento vai trancar acessos, o metrô não vai funcionar e não haverá nenhuma facilidade para os manifestantes. 
 
 
O pindamonhangabense é contra o impeachment e, por lógica, contra o sucesso da manifestação. É bom que os organizadores reúnam-se rapidamente com o governador para evitar traições de última hora.
 
 
4 comentários

No Dia do Estudante, Dilma reduz em um ano o pagamento do FIES. É a pátria educadora do PT.


(Reuters) Decreto da presidente Dilma Rousseff publicado nesta terça-feira, dia do Estudante, reduziu em doze meses o prazo para que estudantes beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) parcelem o saldo devedor do financiamento.

Anteriormente, o saldo devedor poderia ser parcelado em período equivalente a até três vezes o prazo de permanência do estudante na condição de financiado, acrescido de doze meses. O decreto desta terça-feira retira o acréscimo de doze meses do prazo.

Foi mantida a determinação anterior de que a amortização do financiamento de cursos superiores com o Fies tem início no décimo nono mês seguinte à conclusão do curso ou antecipadamente, por iniciativa do estudante.

O decreto foi publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. Representantes do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.


3 comentários

Ter ou não ter partido político, eis a questão.

Blog do Coronel


Dilma quer distância do PT.

Olhem as faixas. Olhem as bandeiras do Brasil. Isto foi ontem em São Luiz, onde esteve Dilma Rousseff.  Eram o povo protestando contra o governo.

Espertamente, o PT se apropriou da mensagem. Dilma, no seus discursos, decidiu pairar acima dos crimes cometidos no Petrolão, nas pedaladas fiscais, no uso imoral da máquina pública.

Deu munição para que ela falasse no "vale-tudo", onde uns poucos estão colocando partidos e projetos pessoais na frente, sem pensar "primeiro no Brasil" para "fazer a travessia" da grave crise econômica que afeta o país. Isso foi para o Jornal Nacional e para toda a mídia. Existe uma estratégia pesada em jogo que pode engolir a Oposição. 

Dilma está se descolando de uma forma cínica e mentirosa do PT.

E a Oposição com vergonha de dizer que tem partido sim, que é DEM, que é PSDB, que é SDD. Que as suas bandeiras não são vermelhas. Dilma quer aparecer como a presidente do Brasil e não como a agregada de Lula, que fez o diabo para se eleger, que cometeu o crime das pedaladas fiscais e que comandou a campanha mais sórdida da história deste país. 

O PT espertamente roubou a mensagem dos manifestantes. E sobre ela construiu o seu discurso. É isso que dá ter vergonha de ter partido político.É dar munição para o inimigo.


0 comentários

Auditores do TCU encontram novas irregularidades nas contas de Dilma. Que venha o impeachment.


Leia Mais:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,auditores-do-tcu-apontam-falha-sobre-fgts-em-defesa-de-petista--imp-,1741654
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ll Digital + Impresso todos oHá um gigantesco buraco na defesa do governo Dilma diante do TCU, que logo vai retomar o julgamento das contas. Sinal vermelho para a presidente:



O governo Dilma Rousseff alegou, em sua defesa ao Tribunal de Contas da União, não poder seguir um ponto cobrado pelo TCU que ele, na prática, já segue. No meio do fogo cruzado estão o Banco Central e as "pedaladas fiscais". Esse buraco na defesa do governo já ligou o sinal de alerta dos ministros do TCU, que estão prestes a retomar o julgamento das contas federais de 2014.

Uma reprovação das contas é aguardada pela oposição no Congresso para mover um processo de impeachment da presidente. O TCU produz um parecer, mas a decisão final é dos parlamentares, que na semana passada aceleraram as votações de contas de ex-presidentes para ficarem prontos a votar as contas de 2014

No processo de análise das contas de Dilma, os auditores do TCU apontaram, em junho, que a dívida do governo com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que antecipou recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida, deveria ser registrada pelo Banco Central na dívida líquida do setor público. Ao todo, o TCU apontou que foram deixadas fora da dívida pública um total de R$ 18,3 bilhões do governo com o FGTS no ano passado.

Em sua defesa, entregue ao TCU há duas semanas, o governo alega que a não inclusão nas estatísticas do BC da relação entre a União e o FGTS "está em consonância com o padrão metodológico adotado". Em seguida, o governo apresenta a seguinte frase, grifada: "sem qualquer variação observada nesse aspecto desde 1991". Finalmente, o governo afirma que o FGTS não é uma instituição financeira, "fugindo, fácil ver, aos escopos de análise do BC".

Entretanto, quando a estatal Empresa Gestora de Ativos (Emgea) foi criada, em junho de 2001, ela nasceu com uma dívida de R$ 25,9 bilhões do FGTS, que deveria ser paga ao fundo dos trabalhadores. 


Essa dívida foi imediatamente registrada pelo BC na dívida líquida pública, sendo inserida na rubrica "Outros débitos de empresas estatais federais".

De lá para cá, o passivo da Emgea com o FGTS foi caindo, conforme foi desempenhado o trabalho de recuperação de "operações podres" para o qual a Emgea foi constituída pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Ao Estado, a Emgea informou que a dívida com o FGTS estava em R$ 5,1 bilhões em junho deste ano.

O próprio BC, em seu Manual de Finanças Públicas, aponta que "o endividamento público com o FGTS" também deve ser incluído nas estatísticas federais. Do lado do governo, o entendimento técnico é de que a dívida da Emgea com o FGTS foi fruto de "reestruturação" feita pelo governo na Caixa Econômica Federal em 2001, tirando da Caixa ativos e passivos de difícil resgate. (Estadão).
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Dilma procura uma tábua de salvação. Tarde demais.



Editorial do Estadão vai ao ponto. Dilma não está entendendo nada:

Dilma Rousseff parece que não está realmente entendendo nada: 7 em cada 10 brasileiros (71%) reprovam sua atuação como presidente da República; 2 em cada 3 (66%) apoiam a abertura de um processo de impeachment; no próximo domingo prevê-se que uma multidão de proporções inéditas sairá às ruas em todo o País para ilustrar com o peso de sua indignação o que contam as pesquisas de opinião. 


E Dilma faz uma reunião dominical de emergência no Alvorada com o vice-presidente Michel Temer, 13 ministros e líderes do PT para tratar da crise política e discutir medidas para minimizar o impacto das manifestações. Ao final, uma importante decisão foi anunciada: Dilma vai dialogar, dialogar muito, para superar a crise. 


Para resolver o problema da desintegração da base de apoio parlamentar, agendará encontros em palácio com os presidentes e principais lideranças dos partidos “aliados”. Para mostrar que não está sitiada pelos manifestantes antigoverno, chamará para conversar dirigentes de entidades e organizações sociais identificadas com “causas populares”. Tarde piaste, como se dizia antigamente.
É louvável que Dilma esteja disposta a dialogar para tirar o País da crise. Pena que tenha esperado sete meses para se dispor a tanto. Politicamente, começou muito mal o segundo mandato. Em vez de dialogar, dialogar muito na hora certa, mergulhou numa tentativa desastrada de garantir a hegemonia política do PT alijando seu principal aliado, o PMDB, do comando da Câmara. 


Está pagando um preço altíssimo pelo erro crasso. Mas, mesmo tendo feito do incontrolável Eduardo Cunha um inimigo, Dilma ainda podia contar com uma enorme base de apoio parlamentar. Era uma simples questão de dialogar para acomodar todo mundo no gigantesco aparelho estatal. 


Passados sete meses, está na cara que, apesar de, em desespero de causa, ter colocado o experiente Michel Temer no comando das articulações do toma lá dá cá, alguma coisa acabou não dando certo. Há quem suspeite de que tem a ver com isso a conhecida soberba petista, que sempre dificultou relações de respeito e cooperação mútua com aliados.
O fato é que, mesmo que esteja agora realmente disposta a dialogar, já que procura a qualquer custo uma tábua de salvação, Dilma dificilmente logrará um entendimento satisfatório para recompor a base aliada. 


E a razão é simples e óbvia: o preço a ser pago por apoio político aumentou na proporção do enfraquecimento da presidente e ela, na atual conjuntura, não tem muito a oferecer. Afinal, o momento impõe um mínimo de austeridade com os recursos públicos e os ventos gelados da crise sopram na direção do enxugamento do aparelho estatal. 


Além disso, o precedente do descompromisso com os acordos de aliança já está escancarado: as bancadas de partidos que comandam Ministérios têm votado repetidamente contra o governo, numa demonstração clara de que a influência política do Planalto no Congresso é inexistente. Nas mãos de Dilma, o tal “presidencialismo de coalizão” foi pelos ares.

Também no que diz respeito à questão essencial do relacionamento entre governo e sociedade, o diálogo não vai resolver nada, por outra razão simples e óbvia: Dilma Rousseff perdeu a credibilidade entre os brasileiros, entre os quais, nunca é demais repetir, 7 em cada 10 desaprovam seu governo e 2 em cada 3 são a favor da abertura do processo de impeachment. 



A credibilidade de Dilma é um cristal estilhaçado pela crise econômica que atinge a todos e cada um dos brasileiros e pela revelação do estelionato eleitoral de outubro. O pano de fundo de tudo isso é a Operação Lava Jato, cujas revelações provocam a revolta dos brasileiros não apenas pela grave questão ética que implica, mas também pela dolorosa constatação de que enquanto a população sofre com inflação e desemprego os donos do poder e seus cúmplices se locupletam pilhando o patrimônio nacional.

É patética a tentativa de engabelar a sociedade chamando para dialogar entidades que nos últimos 12 anos foram cooptadas pelo lulopetismo e contaminadas pela sua perda de credibilidade. A crise escapou do controle de um governo democraticamente eleito, mas que, por seus próprios erros, agoniza no pântano da impopularidade.

Ninguém leva a sério o grau de investimento do Brasil


O ANTAGONISTA




Até os postes (políticos ou de transmissão de energia) sabem que o mercado não dá mais bola para o grau de investimento do Brasil.

A novidade é que o risco-país tupiniquim já é maior que o de países sem o cobiçado rating das agências de classificação. Um sinal: o CDS (uma espécie de seguro contra calote) brasileiro era negociado, na segunda-feira (10), a 319 pontos-base.


Esqueça o tecnicismo. O que importa é que a taxa é maior que os 249 pontos da Turquia, um país sem grau de investimento e com o Estado Islâmico batendo em seus portões.


veja mais em

kkkkk..."Aquele sorriso e aqueles olhos"

O ANTAGONISTA

Jaques Wagner, no discurso em homenagem a Eduardo Campos, disse que o ex-governador de Pernambuco era “um homem muito bonito”, com “aquele sorriso e aqueles olhos”.


O Antagonista sente saudade do tempo em que o PT, para seduzir o PSB, oferecia apenas cargos lucrativos em estatais e ministérios.

  Resultado de imagen para animais com caras ironicas

Comentários

Rodrigues 
Este é o gayzismo tão a gosto dos comunistas, ou como se dizia antes do patrulhamento politicamente correto: viadagem.


Tatoojeca
Ministro da Defesa abre as pernas.
Caso raro de tesão póstumo .


Odiney 
Se fosse o zédobreu eu até entendia.
Mas o Jack??....Aquele hómi másculo da nossa defesa????
É a Bahia de Caetano....despertando a "porção mulher que até então se resguardara" no nosso nobre ministro.
Como diria aquele famoso narrador: 
- Aaaaaaabrem-se os armários e comeeeeeeeça o espetáculo....
 
Margarida 
Eh... está ficando mais forte que ele ... a gente entende, agora o falecido não merecia esse tipo homenagem...

Carolina 
No Brasil temos muitos ranços, herança do período colonial, principalmente no Nordeste; um deles é creditar beleza a uma pessoa, apenas por ter olhos claros!
Em tempo: sou nordestina e sei do que falo!



HAMILTON 
Eduardo Campos não era esse cordeiro que as bocas pequena falam era um Lobo faminto pelo dinheiro das Estatais .


Agente 86 .
Liga não, meu rei! Ele aprendeu com Gil e Caetano......kkkkkkkkkkkk



Maristela Oliveira 
Jacques Wagner participar de homenagem póstuma a Eduardo Campos, e meio assim, como foi o Sombra consolar a viúva no velório do Celso Daniel, não e não?

Alex Wie 
O pesadelo não termina

"Pessoalmente", Aécio

O ANTAGONISTA

Aécio Neves, ontem à noite, disse que “pessoalmente” quer participar dos atos de domingo pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas como presidente do PSDB tem de consultar "os demais dirigentes do partido para tomar uma decisão".

Participe "pessoalmente" dos protestos, Aécio. E deixe "os demais dirigentes do partido" falando sozinhos.

 

Comentários (198)


Marcia 
Vem pra Rua Aécio, sem medo de ser Feliz


Antonio justo

Como lider da oposição Aécio tem todo o direito de discursar e mostrar que não queremos mais este governo corrupto.


indignado 1000 BH 
Isso aí Jamila, estamos juntos. Fora Dilma e PT.


Pipolico 
Oposiçãozinha chuchu, e chulé. Acordem e escutem a rua. Estamos lascados de uma lado uma quadrilha de outro só piá de prédio.

 
Eu 
Que desculpa esfarrapada.


Elemental 
Pow Jamila, na cara d u r a suscitando enganação! That's The mineiro way de ser...não só ele mas todos precisam de um toque para se sentir cidadão...☝


Jamila 
Aécio, vem pra rua. Coragem. Saia com sua mãe, mulher e filhos. Assim vc da um toque cidadão e não exclusivamente político. Este PT roubou a sua eleição , te ataca no programa eleitoral. Só isso basta para te legitimar. Ta esperando o que, homem? Se tem telhado de vidro, venha assim mesmo. Olha o Eduardo Cunha ...


Elemental 
Ahhh....tão matando a va q u i n h a chamada nação.....tá magrinha, caquética e com as t e t a s carcomidas....

Elemental 
Luiza, mas é a índole dos integrantes que define um partido. Pro bem ou para o mal. O problema é que não sobra um partido. Muito, mas muito joio pra pouco trigo.


Luiza 
Esse negócio de consultar partido me parece familiar. Um político deveria zelar pelos interesses do povo , antes do partido. Essa história nós já conhecemos e não queremos mais. O país não precisa de ideologia partidária, precisa de administradores com ética, competência e atitudes. O contrário disso nós já temos .


Elemental 
Também penso isso Jason, mas não vou deixar de fazer minha limonada. Vou vender sanduba de mortadela no dia 16.


Jason
Rapaz, é por isso que o Brasil não vai pra frente! O povo não pode querer tirar Dilma e colocar Aécio. Tem que haver mudança de verdade! Caso contrário só estamos trocando de bandido, continuaremos sendo roubados da mesma forma!


Elemental 
Vamo lá gente! A manifestação vai virar comício! Vou abrir uma microempresa para a venda de sanduba de mortadela ...


samadean@hotmail.com 
Não perca essa oportunidade, Aécio! Desenvolva o seu potencial! Mostre que você é o único político viável que restou no Brasil! Vá à manifestação! Discurse mesmo!

Será que agora vai??Tá balançando mais do que o normal.TSE vai julgar Dilma na quinta-feira

O ANTAGONISTA

O TSE deve julgar na próxima quinta-feira a impugnação do mandato de Dilma Rousseff.

O tema está previsto na pauta da Corte eleitoral. O caso foi proposto pela Coligação Muda Brasil, de Aécio Neves.

A relatora Maria Thereza de Assis rejeitou monocraticamente o pedido em fevereiro deste ano, mas a discussão foi levada ao Plenário após recurso apresentado pelo PSDB. O partido aponta a existência de abuso de poder econômico com realização de gastos de campanha acima do valor limite e doações "contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas".

Além da ação que será julgada na quinta-feira, o TSE tem outras três ações apresentadas pelo PSDB com pedidos semelhantes, que podem levar à cassação do diploma da presidente.

O que a imprensa faz e o que deixa de fazer

O ANTAGONISTA.

A imprensa não se interessou em investigar aquela nota no caderno vermelho do irmão de José Dirceu: "Depósito avião (Lula)".

Não se interessou também em investigar as mensagens de Marcelo Odebrecht segundo as quais ele deu 100 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff, provenientes de paraísos fiscais, e outros 100 milhões de reais ao PT.

O depoimento de Ricardo Pessoa, que confessou ter financiado com dinheiro roubado da Petrobras as campanhas de Lula, em 2006, e de Dilma, em 2010, foi completamente ignorado.

A fazenda de Lula, registrada em nome de laranjas e reformada pela OAS, foi esquecida.


É por isso que O Antagonista tem tantos leitores. Só por isso.

 

 

Comentários (312)


bruno 
E o que dizer do silêncio sobre o Foro de São Paulo?

JF 
Emerson,
é a mesma imprensa, formada no ideário de esquerda. O poder é que mudou de mãos. Os jornalistas daquela época ou são os mesmos ou são formadores dos que estão aí. Sei que estou generalizando, mas é por aí mesmo.

Eu 
Depois de tantos anos, os deputados começam a fazer o que um deputado tem de fazer.
E o que a Globo, que embolsou 6 bi de reais em publicidade estatal, faz?
Escreve um editorial dizendo que isso é ruim para o Brasil, que agora é hora de todos ajudarem um partido que tem como meta um país de partido único.

Denise
E as urnas eletrônicas da Smartimatic?

Eu 
A imprensa gosta é de bajular a seita.
Já notaram que os jornais vivem falando "a chamada pauta-bomba".
Chamada por quem?
Esse termo é mais uma criação da seita que os jornalista compram (provavelmente por simpatia a Ocrim).O mesmo vale para "o engavetador geral da República".
O Globo reclama da "pauta-bomba" por causa de 2 bi?Então que tal devolver os 6 bi que levaram de publicidade estatal?

eric

A mesma coisa em relação a programas de TV!

A audiência da Globo está diminuindo... O viés de direita, conservador e liberal está tomando da população aos poucos graças a internet - não a TV. E com isso, os programas com viés de direita - tipo: Danilo Gentili - estão bombando de audiência e seguidores no face, enquanto q programas com claro viés de esquerda como Jo Soares, Profissão Repórter, e novelas da rede bobo estão decaindo na audiência.

Se o grupo Veja comprar o SBT, e impõe uma programação de centro direita, focando no conservadorismo, vai arrebentar a boca do balão!

Emerson
Esse momento no Brasil é pior do que o de 1992
Em 1992 havia uma imprensa combativa, que ia atrás de informações, que não deixava o governo Collor em paz.
Em 2015 temos uma imprensa covarde e comprada.

alberto neto 
Notícia do site G1: Lava Jato causa "déficit" de 140 bi na economia. Eh Globo.

Elle
SÓ MANCHETES BOMBAS E A IMPRENSA PARALISADA! VIDA LONGA ANTAGONISTAS! MISERICÓRDIA, QUE A AUDIÊNCIA DE VCS EXPLODA!

Mediqueira Pilantreira 
Ao tentar passar o país a limpo, seria bom o Antagonista divulgar as falcatruas desses médicos como noticiado pelo Estadão " hospital cobraria por cirurgia gratuita". Dias desses era o HC no PR. Depois algo similar em SC. Vamos estirpar corruptos em todas as classes.

Jhonny 
Jornalistas Brasileiros, maiores medíocres do Planeta!
Também não estão investigando (incluindo o Antagonista) a fraude nas eleições! Como a SMARTMATIC, uma empresa VENEZUELANA, estava sem licitação, "calibrando as urnas" e transmitindo os dados para uma intranet, montada por eles, no TSE? Eleições presidida por um Ex Advogado do PT, apadrinhado do Lula, em uma apuração SECRETA, a onde os outros Ministros foram Proibidos de participar, e todos os Juízes eleitorais no Pais tiveram seu acesso eletrônico "BLOQUEADO". Eleição em que Dilma, alias recebeu R$ 7.5 milhões em doações ilegais !!! 


Bob Jeff 
Se todas essas delações e denúncias tiverem materialidade, isto é, forem comprovadas, deixa pra lá a cobertura da mídia. O que vale mesmo é oferecer a denúncia e dar início ao processo para fazer justiça. Depois a imprensa vai ser obrigada a noticiar mesmo a contragosto.

Muito bem, Alckmin, e...?

O ANTAGONISTA

O Estadão noticia que, ontem, Geraldo Alckmin disse a 400 empresários que participavam de um jantar, em São Paulo:


“Nós vivemos hoje uma policrise: uma crise política, uma crise de natureza ética, uma crise econômica, e uma crise social. A crise é o governo. O governo não é a solução, é o gerador da crise."
Muito bem, Geraldo Alckmin, e...?

Esperteza de malandro corrupto.Se Lula virar ministro, não poderá ser julgado por Sérgio Moro


Lula STF
A história começou como boato, mas logo passou a circular em colunas sérias. Segundo Gerson Camarotti, a nomeação seria para “estancar a crise” e o próprio Lula estaria resistindo à ideia.


Bobagem. A crise não seria estancada, talvez até piorasse (do ponto de vista político), mas a nomeação garante foro privilegiado. Além do G1, o Estadão também passou essa notícia de bastidor.


Essa nomeação, caso realmente aconteça, será o gesto final de desespero do governo Dilma, com pitadas de escárnio.

E é bom lembrar que o foro privilegiado dos ministros, por óbvio, só existe enquanto eles estão no ministério. Em caso de impeachment, e consequente troca ministerial, o privilégio de julgamento pelo STF também cai.

Nomear Lula, portanto, teria de prático apenas o adiamento, mas não seria uma solução definitiva para nada. Seria, ao fim e ao cabo, uma medida burra. O problema é que já nos acostumamos a sempre esperar o pior (e medidas burras) da gestão Dilma.

Brasil: inadimplência atinge um terço dos trabalhadores do país

por Editor Implicante

Wenderson Araujo/AFP
Wenderson Araujo/AFP
As informações são de Claudia Rolli, na Folha, voltamos em seguida (com mais informações ruins):
“O Brasil tem 56,4 milhões de inadimplentes, com dívidas que, somadas, totalizam R$ 243 bilhões, segundo levantamento da Serasa Experian de 30 de junho deste ano. É o maior patamar de inadimplência registrado pela empresa na comparação semestral do cadastro, iniciada em junho de 2012. Ele equivale a cerca de um terço da força de trabalho brasileira. Os dados mostram que 2,3 milhões de consumidores a mais ingressaram no cadastro da Serasa em relação a 30 de junho de 2014. São consumidores que não conseguiram pagar dívidas bancárias (financiamento de carros, imóveis etc.) ou contas de luz, água, telefonia, além das feitas no varejo.” (grifos nossos)
Outra reportagem, por Yolanda Fordelone (Estadão Conteúdo, via Exame), complementa a notícia acima:
“Com contas no vermelho, mais dívidas e menos investimentos, as finanças dos brasileiros pioraram 9,5% no primeiro semestre, segundo o Índice de Saúde Financeira calculado pelo GuiaBolso (…) O indicador piorou nos três quesitos. “Em janeiro e fevereiro, o índice era considerado saudável, mas passou para o nível febril nos meses seguintes, em que o fluxo de caixa na média se manteve negativo”, diz Alvarez. Com os gastos maiores do que os ganhos, a saída encontrada por muitos foi recorrer ao cheque especial. “Não sobrou nada para investir”, comenta. Em junho, mais da metade dos pesquisados (52%) gastou mais do que a renda, contra 48% em maio. Aproximadamente 13% utilizaram o cheque especial, pagando em média R$ 179 em juros. E 68% resgataram mais dinheiro do que investiram.”
A crise é uma invenção da mídia. Claro.

Loucura total: pra zerar mortes pelo tráfico, deputado governista defende proibir programas como o do Datena


10 de agosto de 2015


chico lopes - datena 1
Se alguém duvida, está lá no perfil oficial do parlamentar. Abaixo, o print, voltamos em em seguida:
chico lopes - datena
Pois é. Claro que não há qualquer evidência nesse sentido, mas sim puro chute. O principal, porém, é o traço autoritário sempre presente na esquerda. Quase sempre encontram “soluções” que consistem em proibir, vetar, regulamentar, diminuir, restringir, cercear.


É mais do que óbvio que programas policiais não aumentam número de homicídios, apenas divulgam o que acontece, trazendo a realidade do “mundo cão” a todas as pessoas (o “certo” seria esconder?). E também é mais do que óbvio que a irritação com esses apresentadores, por parte da esquerda, deve-se ao fato de que todos eles são de viés mais “direitista”, especialmente no combate ao crime.



Segundo a esquerda, o crime não acontece por culpa do criminoso, mas sim por culpa de toda a sociedade. Sim, culpa também da vítima. Recentemente, e não de forma unânime, passaram a abrir exceção aos casos de estupro, única ocasião, para o esquerdismo, em que a culpa seria somente do criminoso, mesmo. Quando se trata de homicídio, porém, culpada é a sociedade, não o bandido.



No fim, o post bisonho do deputado serve para simbolizar dois aspectos fundamentais dos esquerdistas: faltar com a verdade (muitas vezes atropelando até a lógica mais elementar) e aproveitar qualquer momento para emplacar teses e discursos ideológicos, preferencialmente de autoritarismo do governo.


Ainda bem que, há tempos, ninguém mais cai nisso. Ao contrário: as pessoas detectam e já combatem imediatamente essas patifarias. Melhor assim.
ps – o jogo será pesado para Datena, agora que ele se lançou candidato à prefeitura de SP e já aparece em segundo nas pesquisas, mas esse tipo de post chega a ser mais folclórico e fanfarrão do que meramente um ataque… é patético!

EXCELENTE TEXTO!!!A falência da classe artística como voz contestadora


11 de agosto de 2015


jo-soares-dilma
É dia e as pessoas marcham nas ruas de blusa amarela. É noite e elas batem panela para não deixar a cidade dormir. É 1984, mas facilmente poderia ser 2015. Poderia. Porque o autor dos versos que até hoje resumem os comícios pelo fim da ditadura já não mais protesta. Pelo contrário, Chico Buarque surge em horário eleitoral pedindo voto para o governo que protagonizava o até então maior escândalo de corrupção conhecido no país.


Foi-se o tempo em que a esquerda pregava um novo dia com as rimas de “Apesar de Você“. Atualmente prefere distorcer o noticiário com a prosa do “Apesar da Crise“. É com essa fan page que se vende a ideia de que o recuo do PIB de quase 3% e o sumiço de um milhão de postos de trabalho não seriam reflexos de uma recessão, mas de uma engenhosa manipulação da imprensa.


Nos raros casos em que se embebe de coragem, aquele garoto-- que iria mudar o mundo-- no máximo assiste a tudo de cima do muro. É o que as redes sociais passaram a chamar de “isentão”, ou o indivíduo que, na falta de argumentos para defender o governo, tenta vender que ambos os lados são podres e não há como tomar atitudes pois seria o mesmo que defender um deles.

Why so serious?

Triste mesmo, no entanto, é notar que a classe artística, na hora de escolher entre a postura anárquica de outrora e o partidarismo cafona, parece não ter dúvidas quanto ao segundo. “Dilma é a presidente mais impopular da história, mas não há um comediante a zoando. É um cenário muito estranho esse em que vivemos.” A constatação vem do Twitter de Danilo Gentili. Rara exceção a essa estranha regra, o humorista se mostra como um incansável crítico do governo. Talvez por isso já colecione mais de 11 milhões de seguidores na rede social.


Contudo, nem sempre foi assim. Nos anos 90, o humor brasileiro não perdoava as lambanças cometidas por quem quer que estivesse no poder. Por motivos óbvios, o alvo principal findou sendo Fernando Collor mesmo. Ao ponto de celebrar-se um lúdico assassinato do presidente nos versos de Gabriel, o Pensador:
Começou o funeral e o povo todo na moral
Invadiu o cemitério numa festa emocionante
Entramos no cemitério cantando e dançando
E o presidente estava lá já deitado nos esperando
Todos viram no seu olho a bala do meu três-oitão
E em coro elogiamos nosso atleta no caixão:
“Bonita camisa Fernandinho
Você nessa roupa de madeira tá bonitinho!”
Em menos de uma semana, o ministério da justiça censuraria o rapper carioca. Mas os ataques ao presidente vinham de todos os lados. Millôr Fernandes, Luis Fernando Veríssimo e Jô Soares lançaram o “Humor nos Tempos de Collor“. 


O gordo mais famoso do Brasil, inclusive, manteve em seu programa (ainda no SBT) uma postura tão combativa ao morador da Casa da Dinda que findou por inspirar outros artistas a convocar seus próprios protestos quando da abertura do processo de impeachment. Nem a Rede Globo evitava o bullying contra o Planalto. Em horário nobre, era o Casseta & Planeta quem dava às alternativas ao irmão denunciado por Pedro Collor: demissão ou rua.



Vinte e três anos depois, a postura da classe artística soa irreconhecível. Gregório Duvivier, do Porta dos Fundos, surge no site do próprio partido apoiando o PT. Luis Fernando Veríssimo não vê problema em defender José Dirceu mesmo diante das acusações de enriquecimento pessoal ilícito quando ainda arrecadava doações para a multa pelos crimes cometidos no Mensalão. 



Jô Soares, além de blindar Dilma com suas intervenções, ataca Aécio Neves que, à época, ainda parecia querer o impeachment da petista. Também na Globo, o Zorra, em vez de bater na presidente mais impopular de todos os tempos, prefere partir para cima dos cidadãos que participaram dos protestos de rua – mesmo com a esmagadora maioria dos manifestantes (85%) defendendo não haver melhor forma de governo do que a democracia.


Quem te viu, quem te vê

PC Siqueira, Pitty, Tico Santa Cruz, Emicida, José de Abreu… A lista dos artistas que vão para a linha de frente defender o PT – e tantas vezes atacar seus críticos – é enorme e enfadonha. Mas bem aos poucos a fase do luto migra da negação e raiva para a barganha e depressão. Nos casos mais recentes, Juca Kfouri confessa a decepção com José Dirceu. E Tati Bernardi, também em coluna para a Folha, já não sabe mais como é possível continuar petista diante de todos os fatos hoje conhecidos.
Jô Soares e Dilma Rousseff
Screenshot da entrevista concedida ao Programa do Jô da rede Globo


Se um dia chegarão à quinta e última etapa (aceitação), só o tempo dirá. O que se sabe até aqui é que já aconteceu para alguns. Lobão, marcado por pedir voto a Lula em pleno Domingão do Faustão nas eleições de 1989, foi um dos primeiros a mudar de lado. Lulu Santos, que muito se indignou com o fato de as duplas sertanejas terem pedido voto para Collor, parece ter perdido a paciência com o derrotado naquela eleição. Roger Moreira, autor de outro hino de um Brasil que queria se livrar da ditadura, atualmente passa o dia no Twitter tentando se livrar do petismoO “casseta” Marcelo Madureira é agora colaborador do Antagonista, possivelmente a publicação mais oposicionista do país.


Hoje ainda é a esquerda quem manda, mas há solução. Todavia, é uma pena que as tensões políticas, que em outros tempos serviram de inspiração para a criação de tantos clássicos, pareçam podar vozes graças a ultrapassados apegos ideológicos. Em alguns casos, até mesmo à dependência de verba pública para a concretização de determinados projetos. Entretanto, cabe alertar que esta é uma fase de transição pela qual o país passa. 

E justo uma fase minuciosamente documentada pela internet e suas redes sociais. É preciso escolher bem em qual lado ficar. Porque amanhã vai ser outro dia, apesar de Chico Buarque. Amanhã vai ser outro dia, apesar do PT.


* * *
Marlos Ápyus escreve no Implicante às terças. Siga-o no Twitter.
Texto originalmente publicado no Ápyus.Com

Atualização: 10 de agosto de 2015

Enquanto este artigo era finalizado, uma coluna de Gregorio Duvivier para a Folha dá a entender que o comediante está rompendo com o PT. Claro que à maneira esquerdista: terceirizando a culpa ao sistema, igualando-o aos antecessores e reclamando do que podemos chamar de “escassez de petismo” no partido. Como se não fosse justamente o excesso disso o que deixou o Brasil na atual situação.

Referências utilizadas

  1. YouTube
    Pelas Tabelas
    1984
  2. YouTube
    Lobão no Faustão pedindo voto para Lula
    1989
  3. Letras
    Hoje Eu Tô Feliz (matei O Presidente)
    1992
  4. YouTube
    Lulu Santos alfineta todos no Faustão
    1992
  5. Wikipedia
    Humor nos Tempos de Collor
    1992
  6. Folha de São Paulo
    Artistas protestam em São Paulo
    20 de agosto de 1992
  7. Diário de Pernambuco
    Na TV, Chico Buarque e Roberto Amaral defendem Dilma
    16 de outubro de 2014
  8. Datafolha
    Manifestação na avenida Paulista
    17 de março de 2015
  9. Congresso em Foco
    Jô Soares critica Aécio e FHC por impeachment: ‘Parece coisa de patetas’
    8 de maio de 2015
  10. Spotniks
    Os 12 projetos mais bizarros aprovados pela Lei Rouanet
    24 de junho de 2015
  11. UOL Notícias
    Lobão faz versão anti-PT de sucessos antigos e canta “Dilma Bandida” em show
    12 de julho
  12. Agência PT de Notícias
    Gregório Duvivier: Não quer ajudar, não atrapalha
    13 de julho de 2015
  13. Facebook
    Apesar da Crise
    21 de julho de 2015
  14. Zorra
    Festival do Coxinha
    24 de julho de 2015
  15. Agência Brasil
    Brasil deve perder 1 milhão de postos de trabalho em 2015, prevê estudo
    1 de agosto de 2015
  16. Veja
    Enquanto Dirceu faturava no petrolão, vaquinha arrecadava multa do mensalão
    4 de agosto de 2015
  17. Lauro Jardim
    Resultado desastroso
    5 de agosto de 2015
  18. Folha de São Paulo
    Em contraponto a PT, artistas e intelectuais defendem Dirceu
    5 de agosto de 2015
  19. Twitter
    Danilo Gentili
    6 de agosto de 2015
  20. G1
    Cidades registram panelaço durante programa do PT com Dilma e Lula
    6 de agosto de 2015
  21. Folha de São Paulo
    Por que eles não param?
    6 de agosto de 2015
  22. Folha de São Paulo
    Como continuar petista?
    7 de agosto de 2015
  23. Folha de São Paulo
    Por que odiar o PT?
    10 de agosto de 2015