O Ministério Público Federal oficializou a criação do Grupo de Trabalho Espécies em Extinção e Biodiversidade. A decisão foi tomada pela 4ª Câmara do Ministério Público Federal, responsável pela área de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural.

O grupo de trabalho terá duração de dois anos e focará na preservação de animais com grande risco de desaparecimento, como, por exemplo, os botos-cinza da Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro

O boto-cinza, que consta no brasão do Rio de Janeiro como símbolo da cidade, é considerada uma espécie ameaçada pelo Ministério do Meio Ambiente, com status de vulnerável na Lista da Fauna Brasileira de Espécies Ameaçadas de Extinção. A área da Baía de Sepetiba e de Ilha Grande abarca a maior população de boto-cinza do estado do Rio de Janeiro e do mundo. 

Na opinião da procuradora da República em Angra dos Reis Monique Cheker, coordenadora do grupo formado por quatro investigadores, com a morte de cerca de 1% da população de botos por mês, ritmo atual das mortes, a espécie será extinta em menos de 10 anos.

Mas esta é só uma espécie. O objetivo maior do grupo será, segundo informado ao blog, identificar a localização e o habitat das espécies em extinção nos estados brasileiros e, a partir daí, levantar informações e dados que possam auxiliar o trabalho do MPF na proteção aos animais.

Criado para preencher uma lacuna da atuação na área do meio ambiente, o grupo vai catalogar e identificar eventuais causas da extinção da fauna e estabelecer contato e ações coordenadas com os órgãos ambientais de fiscalização.

O grupo será formado pela coordenadora Monique Cheker e as procuradoras da República Lívia Nascimento Tinoco, Zani Cajueiro Tobias de Souza e Anelise Becker.